Milano e eu
Se cheguei bem? Bem... No voo de Guarulhos para Malpensa, uma senhora teve um ataque cardíaco e tivemos que voltar meia hora até Natal, RN, para que ela fosse atendida. O custo disso foram 4 horas de atraso mais seis toneladas e meia de combustível. Ainda bem que, na saída do avião, em Milão, a comadre estava lá. Ela tinha seguido viagem conosco e tinha agora a carinha boa só cê vendo. Com direito a bochechas rosadas e tudo mais.
Em Milão, Isabelle não passava bons pedaços: quatro horas a me esperar, eu, uma amiga que ela não via há cinco anos. Deve ter tido vontade de pegar o primeiro taxi de volta pra casa e me mandar sabe pra onde. Mas ela é legal demais pra isso. Me recebeu com a melhor carinha do mundo, passamos em casa para deixar as malas e saímos, felizes da vida, colocando em dia a prosa de mil anos, comendo pizza italiana em um charmoso café, visitando as lojas do shopping da Duomo, e a própria catedral, Duomo de Milano, com sua opulência que dispensa comentário.
Hoje, no meu segundo dia, recebemos a visita da neve, que no início é mesmo linda de se ver. Amanhã é que o chão começa a ficar preto e sujo e feio e chato e ruim. So far, so good. Tão bom quanto o canoli siciliano que comi numa doceria, recheado com um creme branco mais gostoso que doce de leite. Minha sorte: depois de amanhã sigo para Londres, túmulo mundial da culinária.
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